
Há umas doces delícias que aumentam,
depois dos filhos serem já crescidos:
são os netos, pois então, que envaidecem
os babados avós entristecidos.
O presente é mais pequeno que o passado
e também mais pequeno que o futuro;
no entanto, é o que gasta mais tempo;
é doce às vezes, outras bem duro.
E lá se volta de novo a repetir,
acompanhando os novos despertares,
mas com mais tempo e até mais sabor.
Assim vivendo vida, é existir,
com mais sabedoria e vaidades,
mas também com muito mais amor.
Adriana Reis.
"Poetisa Amiga"
A José Malhôa
Clara torce roupa!
Alva como neve pura...
Escorre frescura.
Zé Ernesto Gaia

Assustaram-me os soluços das palavras,
sussurrados nas mais sórdidas histórias!
Fétidas, estavam fechadas por aldravas...
Baú de loucos, escritos macabros, escórias.
Zé Ernesto Gaia

Uma luzinha ao fundo do túnel bem visível,
que um sopro da mente insiste em apagar!
Cair na escuridão parece iminente, horrível...
Soltaram-se as lágrimas, comecei a chorar.
Zé Ernesto Gaia

É a que diz amo-te sem te amar!
A que diz penetra-me sem te querer...
A que solta lágrimas sem se molhar...
Eterna fingidora, que te frui a foder.
Letreiro »» Do not Disturb
Zé Ernesto Gaia

Morfeu revela!
Pesadelo, valida...
Qual tipo de vida?
Zé Ernesto Gaia

Vivo sem sentido...
Vive como as flores!
Vida dos amores.
Zé Ernesto Gaia