Tuas Fantasias!
São gananciosas, lúbricas...
Encantos, magias.
Zé Ernesto Gaia
A Velha Cidade...
Eremita vai descalço!
Vida sem percalço.
Zé Ernesto Gaia
Do Tio Zé, para Ângela Vale
Nuvem Passageira!
Algodão doce em rama...
Minha Mensageira.
Zé Ernesto Gaia
Rapaz, Trás-os-Montes,
escuta nas penedias...
Murmurar das fontes.
Zé Ernesto Gaia
Minas de Rubis!
Grãos brilhantes e fogosos...
São gemas subtis.
Zé Ernesto Gaia
A Eunice Muñoz
Pensamento Mágico!
Emerge da morte, luto...
Monólogo trágico.
Zé Ernesto Gaia
Terás carinho, muita afeição!
Recebo teu amor, que ansiava...
Sem temor, “Te dou o meu coração”.
Zé Ernesto Gaia
Flor, Amendoeira!
Donzela pura e alva...
Minha feiticeira.
Zé Ernesto Gaia
A ânsia de Amar é algo sublime!
Não deixando sobrepor a Paixão...
Desnorteados é real a destruição...
O Amor é sentimento que redime.
Zé Ernesto Gaia
No Reino das Sombras!
Os Sonhos são de quimeras...
Voam como pombas.
Zé Ernesto Gaia
Homem e Mulher unem-se, em singelo casamento!
Fato cinza, vestido pérola, ramo de noiva e grinalda...
Boda festiva, noite para consumação do sacramento...
Filho, alegria, amoroso cuidado ao lhe mudar a fralda.
Zé Ernesto Gaia
A cara airosa!
O Sol ardente, trigueira...
É uma Ceifeira.
Zé Ernesto Gaia
Lento Caracol!
Verdura tenra, manjar...
Corninhos ao Sol.
Zé Ernesto Gaia
A Alberto Caeiro
A memória regressa ao passado com frequência!
Há cousas esquecidas, brancas deste momento...
Aceito essa vera cousa, sem pedir indulgência.
Se nasci com este fado assim, não o lamento...
Zé Ernesto Gaia