Pararam os relógios
porque não se movem as pedras.
Tenho um pé na imaginação
e outro no sonho.
Mexe a arte de ouvir
e pára a luz do Sol.
A expectativa do futuro alarga o presente
e prolonga o passado.
Há chuva fora do planeta e
lagos de suor inundam o deserto.
Em plena euforia se degradam os montes
e vai acontecer o prodígio das palavras.
Cada vez que se ergue uma manhã
eu me deito sobre as sombras da alegria
e me repouso no mais belo dos sentimentos.
Identifica-se demais a nostalgia do tempo
pelo caminho que corre direito ao vento dos sabores da luz.
De frases estudadas a palavras tortas,
tudo é permitido.
Caminham vinte e quatro horas e tudo se repete...
é a rotação da Terra.
A cobiça dos ventres explode no coração da lua.
As atitudes moldam os movimentos da criação.
O império da verdade desvirtua a palidez.
Doura-se a cor da morte em rebuçado
e acaba a tempestade do universo.
De recantos líquidos em ouro
passa a haver encantos de solidão.
Tudo dorme, excepto Deus.
Poetisa amiga que brincava no
Jardim de São Lázaro na Cidade
Invicta e da Virgem!
Adriana Reis
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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