Feridas abertas em sentires magoados
a nudez que estampada, deformada
por gases poluentes que estonteiam
em pigmentos pretos que descolorem o verde
o amarelo o azul da esperança.
Fábricas monopolizam nações
capitalistas fortalecem vaidades
na vida que roem imprimem a morte
e a natureza viva brada por socorro
exclama a piedade de nossas mãos
roga pelo fertilizante dos nossos filhos
revolta-se pelos caminhos de nossos pés
chora pelo destino dos pequeninos.
Fogo, o sol que escalda e arde nosso verde
nossa mata, nossa gente.
Lágrimas das nuvens, transborda
escorre as cinzas das raízes
as deitam nos leitos dos rios
em escuro abraço sorve o fôlego dos peixes.
Da terra árida, da folha queimada, do peixe que agoniza,
do pássaro que enfraquece, do animal que esconde,
do rio que seca, da vida que morre, a seiva escorre.
Desliza em gotas pelas nossas mãos
renasce como sementes brotando atitudes
a busca renovada pelo solo fértil
acalentando o sonho de uma nova terra.
Flavia Angelini
Poetisa Amiga
9 de Janeiro de 2011 BRASIL
2011 ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS!
Um comentário:
É uma alegria estar aqui, em seu cantinho e espalhar este grito em prol da natureza. Obrigado.
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