terça-feira, 30 de setembro de 2008

Hai-cai – 25

Mira o mar alto
Ondinas são espumosas
Terror ao Cobalto


Zé Ernerto Gaia

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Hai-cai - 24

Bela margarida
Nome de mulher e flor
Pétalas d' ardor

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 23

Olhos em água
Moçoilo foi para fora
Por isso, que chora


Zé Ernesto Gaia

sábado, 27 de setembro de 2008

Hai-cai - 22

Moçoila catita
Sorrir, o olhar finório
Vestida de chita


Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 21

Verão, solstício
Tempo
quente de ternura,
Amor e loucura

Zé Ernesto Gaia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Hai-cai - 20

Formosa libélula
Asas de renda, voar
singelo bailar

Zé Ernesto Gaia

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Hai-cai - 19

Ninfa sobre musgo
Junto ao leito do rio
Trémula de frio

Zé Ernesto Gaia

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hai-cai - 18

Narciso, fonte
Sua imagem, paixão
Flor da solidão

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 17

Vénus, ao crepúsculo
Contigo faço amor
Alivia dor

Zé Ernesto Gaia

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hai-cai - 16

Murmúrio d' ondas
Ouvido junto à praia
Sereia desmaia

Zé Ernesto Gaia


Hai-cai – 15

Orquídea alva
Beleza rara, floresta
Amiga da gesta

Zé Ernesto Gaia

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

EU POESIA

Essa dança imensa de letras
Que anda na minha mente a bailar
Faz-me pegar em canetas
Escrevendo saudades e o verbo amar


Do meu estado de ansiedade
Versos nascem num instante
A inspiração é o meu diamante
O que sai da caneta é a verdade

Transmito aos outros um estado de apatia
A escrita vai surgindo como magia
Tudo em perfeita sincronia
Fim d’uma peça de teatro de bela coreografia


Entre risos e aplausos, pergunto
Afinal o que sou eu?
Vozes respondem em perfeita harmonia
Tu és poesia!

******************

SUSANA CUSTÓDIO (Poetisa amiga)

Sintra - Portugal - 17 de Setembro de 2008

Hai-cai - 14


Hidranja azul
A jóia do jardineiro
Céu no seu canteiro

Zé Ernesto Gaia

domingo, 21 de setembro de 2008

DEUS NÃO JOGA...

A Cosmogonia não é um princípio estático!
Deus não joga aos dados com o Universo...
O Poeta por falta de estro sente-se apático,
Há mais do que uma rima para cada verso.

A Albert Einstein

Zé Ernesto Gaia

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Hai-cai - 13

Chás de verdes folhas
Em cameleiras criadas
Bebidas fadadas

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 12

Teus doces mamilos
Nus, logo onde me deito
Sugar, me deleito

Zé Ernesto Gaia


Hai-cai - 11

Crisântemos brancos
Mil pétalas de cetim
Candura sem fim

Zé Ernesto Gaia

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Hai.cai - 10

Ainda donzela
num prado de lindas flores
Lágrimas d' amores

Zé Ernesto Gaia

PALAS ATENA



Descansava das duras lides Palas Atena!
Quando o dia clareou bem cedo...
Ferida fez a Zeus uma súplica serena.
Ajuda-me na luta a vencer o medo...

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai – 9

Árvore da vida
Cada ramo um destino
É tua menino

Zé Ernesto Gaia

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hai-cai – 8

Areia da praia
Dunas, amores secretos
sussurros discretos

Zé Ernesto Gaia

AMIZADE

(POETRIX)

Amizade temperada e real
Teu amigo sempre é meu amigo
À beira-mar a passear contigo

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai – 7

Ao cair da folha
Outono na minha alma
Sofrida mas calma

Zé Ernesto Gaia

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Hai-cai - 6

Salinas, solheiro
O sal marinho dá flor
Logra salineiro

Zé Ernesto Gaia


domingo, 14 de setembro de 2008

FIM DE SEMANA

Na beira-mar um calor asfixiante
Nossos corpos adjacentes na areia quente
Transpiram de amor ardente

Ondas gigantes verdes-azuis
Vão-nos suavizando com salpicos
Vindos da espuma qual néctar calmante
Em sintonia com uma brisa refrescante

Acariciam – nos, os corpos escaldantes
Fazendo-nos sonhar em êxtase
A nossa cópula adiada
Até que se aproxime a noite
Adivinhando-se mais amena

E permita aos nossos corpos humedecidos
Satisfazer este amor enlouquecido
Neste fim-de-semana alucinante

SUSANA CUSTÓDIO


SINTRA - PORTUGAL, 28 de Junho de 2008


Hai-cai - 5

As parras doiradas
Sol muito perto d' ocaso
Vindimas findadas


Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 4

Os peixes do mar
Nereidas vão afagando
Sob elas nadando

Zé Ernesto Gaia

sábado, 13 de setembro de 2008

MENSAGEIRO DA DESGRAÇA












Sendo um mensageiro da desgraça,

personalizo todos aqueles malfadados!
Diz-me já, o que queres que eu faça...
Para me libertar deste fardo, sem recados!

Zé Ernesto Gaia

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Hai-cai - 3

Flores são poemas
da Primavera lemas
Verão os recita

Zé Ernesto Gaia


José Ernesto Gaia - Acróstico


J aneiros te deram maturidade, a poesia vida...

O rdens religiosas te fascinam sem fanatismo...

S egues aprendendo de forma descontraída,

É s teu próprio mestre e vive o perfecionismo...


E ntender Cristo e as ações do catolicismo,

R ege um bom tempo dedicado aos estudos...

N ada se compara com os versos e o lirismo,

E ncontrados na tua poesia, e isso não é tudo...

S ensível o bastante pra viver o romantismo,

T ornaste esse recanto, teu precioso reduto...

O nde encantas retratando sonhos e realismo...


G ênios da sabedoria grega que te fascinam,

A inda são amados por quem adora filosofia...

I ndicio de que teu aniversário só te aproxima,

A inda mais de quem te ama, e à tua poesia...


JACÓ FILHO


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Hai-cai - 2

Chuva de Verão
Prenúncio do Outono
Eterno retorno

Zé Ernesto Gaia

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Hai-cai - 1




Como uma abelha
Que pousa em cada flor  
Busco um amor

 

José Ramos

Setembro 2008 

 

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O cais!...

O Cais
É apenas um lugar
Por onde
Costumo passar
E onde de tempos a tempos
Vou soltar meus ais!

Onde solto as amarras

Dos pensamentos
Tão desiguais
E onde também voam
Gaivotas
E cantam os pardais...

Onde os homens gritam

As suas raivas
E as mulheres vão de noite
À aventura que por vezes
Se transforma
Em desventura!

Onde o fraco e o forte

Não conseguem lutar
Contra o vício
Que os consome
E não conseguem
Parar...

O Cais

Onde o homem deixa de ser
Homem
E a mulher deixa de ser mulher
E onde ambos deixam de viver
E onde alguns acabam por morrer!...

Laura (Poetisa amiga de Braga)


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UM JUDEU E A ALCOVITEIRA

Um Judeu, senhor de cabras, sabia a linhagem...
Negociante rogou e pagou a uma alcoviteira!
Sua idade, exigia uma jovem dotada e virgem;
de poucas falas, bela e comedida prazenteira...

Zé Ernesto Gaia

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

ATOL DOS CORAIS










Atol tem os mais formosos corais,
diversos, das mais variadas cores.
Lembram lindos arranjos florais.
Fazem inveja às mais belas flores


Zé Ernesto Gaia

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ONDAS DE ESPUMA

(Haikai)

Mar revolto, murmúrios

Vento sopra com bravura
Ondas de espuma na pedra dura

Zé Ernesto Gaia

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

BELA DEIDADE

(Haikai)

Com asas de andorinha
voa uma Bela Deidade
traz aromas de felicidade


Zé Ernesto Gaia