terça-feira, 14 de setembro de 2010

No vento escrevi teu nome

Na brisa da tarde
esvoaçam letras
perdidas como folhas
soltas, árvores em Outono!

Uma a uma,
em dança
sinuosa e sensual,

me cercam,

me tocam

com gotas de alva espuma …


Com as letras

que guardei em meu regaço

escrevi o teu nome,

e ao vento pedi

que levasse o meu abraço

e o meu lamento
até perto de ti …

E lhe pedi

que te dissesse

que tenho sede

e tenho fome

do teu corpo que me ama,

no desalinho dos lençóis

em minha cama,

quando o vento sopra e voa

sem nome,

porque o nome que está escrito

nessa brisa,

é só o teu,
que no meu peito

nunca se perdeu,

e que te chama,

sempre aflito …


O amor nunca está satisfeito …

Há sempre uma boca que precisa!



Poetisa Amiga



Elvira Almeida

<2010>



3 comentários:

Céu disse...

Céu escreveu:
"Lindo amiga Elvira!
Um beijinho extra!"

Custodia Pereira disse...

"Espectacular, Elvira. "Trovas do vento que passa"..." E o vento cala a desgraça e o vento nada nada (me) diz" acerca dessa fome e dessa sede de amor, nunca saciado na mesa de lençóis feita."

Tania Hayashida disse...

Lindíssimo poema, com um grande conteúdo, bjokas