sábado, 30 de outubro de 2010
A POESIA DE SILVINO POTENCIO
O MAR DE OEIRAS!...
Oeiras, Oeiras!...
Carcavelos à vista, Sou contrabandista,
E desta imensa lista de Amigos Virtuais.
Saí de Lisboa... dei voltas à toa, e parei em Cascais...
Fui lá no Inferno da boca do mar...
Avistei a Barra de São Julião onde até o meu coração...
Desejou voltar, para ver e amar!
Em mais um terceto deste meu soneto,
De rimas sem mote, porque o nosso bote viaja sem leme.
Sem rumo sem força, desta nossa mossa que dói e não teme.
Não marca nem mancha, o dom desta prancha...
Que eu levo pró mar, pois vou navegar...
No mundo dos sonhos, que é o meu cantar!
E lá no Estoril, do Monte ao barril,
Se faz o teu néctar, da flor dos encantos,
De gritos e prantos deste azul anil...
- te deixo em prantos.
Que no final da tarde, por dentro e por fora...
Me queimam no peito, e por este jeito, eu já vou embora!!!
Deste mar de Oeiras...
- vou... sem eira nem beira!
Silvino Potencio (Poesias Soltas - verão de 1990)
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
POESIAS DA “VIRITA”
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
TALVEZ - (POETRIX)
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
AS POESIAS DA “VIRITA”
O Tempo
Voas!
Se eu me quisesse
Criança,
Tu não deixavas!
Em cada viela escura,
Quando a luz se deita,
Vejo como corres
E os barcos galgam oceanos
E o sol e a lua
Se revezam
Na contagem que tu inventaste
Para devorar tudo!
Se tu deixasses,
Haveria sempre rosas em botão
Com pétalas de veludo;
Ondas brandas, no seu sono
Molhariam os risos em lábios rosados,
À beira mar, sempre Verão!
E os meus caracóis de menina
Não se teriam coberto de neve,
No Outono!
Vai mais devagar, Tempo!
Tens tempo de chegar!
Elvira Almeida
25 de Outubro de 2010
Voas!
Se eu me quisesse
Criança,
Tu não deixavas!
Em cada viela escura,
Quando a luz se deita,
Vejo como corres
E os barcos galgam oceanos
E o sol e a lua
Se revezam
Na contagem que tu inventaste
Para devorar tudo!
Se tu deixasses,
Haveria sempre rosas em botão
Com pétalas de veludo;
Ondas brandas, no seu sono
Molhariam os risos em lábios rosados,
À beira mar, sempre Verão!
E os meus caracóis de menina
Não se teriam coberto de neve,
No Outono!
Vai mais devagar, Tempo!
Tens tempo de chegar!
Elvira Almeida
25 de Outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
AS POESIAS DA "VIRITA"
O poeta
Ia a madrugada
alta e clara …
e do primeiro contacto
com o ar respirado,
um choro continuado,
acalmou a mãe, cansada,
que bendisse a dor
que sobre ela se abateu …
O Poeta nasceu!
Intimista,
desenha letras e palavras
nos tempos de aprender;
letras novas e as sem tempo …
sugadas da fonte do pensamento…
capta delas, sua razão para viver!
Pensa, sonha, constrói
e às vezes rói
a solidão do seu ser!
Consola a sua alma
no tudo que aprendeu …
O poeta escreveu!
O tempo, inexorável,
atinge todas as estruturas;
as humanas, também…
E na voracidade
com que fez um mundo de pensar
e sentir,
alimento de si, para si
e para outros,
perdeu a casca,
algures, no casulo
da vida corpórea que viveu …
O poeta morreu!
Viva o Poeta!
2 de Outubro de 2010
Elvira Almeida
Ia a madrugada
alta e clara …
e do primeiro contacto
com o ar respirado,
um choro continuado,
acalmou a mãe, cansada,
que bendisse a dor
que sobre ela se abateu …
O Poeta nasceu!
Intimista,
desenha letras e palavras
nos tempos de aprender;
letras novas e as sem tempo …
sugadas da fonte do pensamento…
capta delas, sua razão para viver!
Pensa, sonha, constrói
e às vezes rói
a solidão do seu ser!
Consola a sua alma
no tudo que aprendeu …
O poeta escreveu!
O tempo, inexorável,
atinge todas as estruturas;
as humanas, também…
E na voracidade
com que fez um mundo de pensar
e sentir,
alimento de si, para si
e para outros,
perdeu a casca,
algures, no casulo
da vida corpórea que viveu …
O poeta morreu!
Viva o Poeta!
2 de Outubro de 2010
Elvira Almeida
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
POETA - (INDRISO)
Olhou várias vezes a folha em branco.
Imaginou nela escrito um belo poema;
versos ausentes, rimando por encanto.
Augurava naquela brancura um fonema,
voz melodiosa que entoasse subtil canto.
Concentrou os sentidos. Qual seria o tema?
Queria uma certeza para rabiscar no papel...
Um mote sensual! Amor num leito de dossel.
Zé Ernesto Gaia
Imaginou nela escrito um belo poema;
versos ausentes, rimando por encanto.
Augurava naquela brancura um fonema,
voz melodiosa que entoasse subtil canto.
Concentrou os sentidos. Qual seria o tema?
Queria uma certeza para rabiscar no papel...
Um mote sensual! Amor num leito de dossel.
Zé Ernesto Gaia
ACTRIZ - (POETRIX)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A POESIA DA ADRIANA
"Hino de regresso ao paraíso"
E vede o belo da vida
e vede o sol a brilhar
e vede as flores nos campos
e as crianças sorrir.
E vede a morte fugindo
e vede a guerra acabando
e vede os homens se unindo
e ao paraíso voltando.
Vai, vai conquistar
vai abraçar toda a criança.
Vem, vem conquistar
vem abraçar toda a criança.
Brincou na adolescência às "Escondidas"
no Jardim de São Lázaro. Junto ao coreto
contava até 30 para dar tempo aos outros
companheiros de brincadeira se esconderem.
Adriana Reis
E vede o belo da vida
e vede o sol a brilhar
e vede as flores nos campos
e as crianças sorrir.
E vede a morte fugindo
e vede a guerra acabando
e vede os homens se unindo
e ao paraíso voltando.
Vai, vai conquistar
vai abraçar toda a criança.
Vem, vem conquistar
vem abraçar toda a criança.
Brincou na adolescência às "Escondidas"
no Jardim de São Lázaro. Junto ao coreto
contava até 30 para dar tempo aos outros
companheiros de brincadeira se esconderem.
Adriana Reis
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
AS POESIAS DA "VIRITA"
Trago na boca
Trago na boca
uma flor;
talvez um cravo,
que me recorda
um tempo de ilusões que já passou!
Talvez uma outra flor,
uma rosa, flor veludo,
resposta à dúvida
que brinca nos lábios
de quem ama …
Trago na boca
um beijo
refúgio de um desejo
encontrado, vivido,
bocado de uma profusa paixão!
Trago na boca
o sabor salgado
do mar onde se banha
o meu amor…
desperto,
por perto,
que me entrega
de sua boca
um’outra flor,
em forma de coração!
…talvez uma açucena,
perfumada e branca de pureza,
riqueza
maior que a gente tem,
marcada a fogo
no peito de quem ama
e se entrega
no calor daquela cama
de folhas de cetim
e corolas de verbena…
Trago na boca
a palavra,
ditada do pensamento
no momento
de sentir
como é que sou!
Na boca trago
mel e sal:
canções na ponta dos dedos
que te tocam,
notícias dolorosas
de jornal,
noites cansadas
de prazer e mosto,
o gosto
que me trouxe à boca,
a minha flor
de cor de vida em carnaval
e que ainda não murchou!
10 de Outubro de 2010
Elvira Almeida
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
PAIXÃO DESENFREADA - (POETRIX)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
AS POESIAS DA "VIRITA"
domingo, 10 de outubro de 2010
PAIXÕES DESENFREADAS
Meu nome é Mulher
Mulher
Flor de botão de flor menina
Crescer me deu o jeito
E o destino de viver
Sem nome,
Grata pelo prazer
De dar, me desdobrar
Em amante, amiga, mãe …
Saber como matar
A fome de carinho
Com a palavra,
O gesto
As lágrimas choradas
Por alguém …
Sofro por amor, rio,
Choro, amamento
E acalento ilusões
Quiçá perdidas,
Em caminhos de outras vidas
Que cruzaram meu caminho …
Amparo e reconforto corações!
Partilho, de bom grado,
Tudo o que a energia positiva
Me trouxer …
Não tenho nome!
Não preciso!
Tenho no rosto um sorriso
E as mãos estendidas
Para dar e receber,
Ou unidas,
Em prece pelo mundo
No eco profundo
Do que sou!
Me chamam pelo nome de Mulher!
Poema de "VIRITA"
9 de Outubro de 2010
Elvira Almeida
sábado, 9 de outubro de 2010
IMUTÁVEL VERDADE
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Soneto quase inédito ?????
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
José Régio, pseudónimo de José Maria
dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de
Setembro de 1901 — Vila do Conde, 22
de Dezembro de 1969) foi um escritor
português, que viveu grande parte
da sua vida na cidade de Portalegre
(de 1928 a 1967)
JOSÉ RÉGIO
(1969)
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
José Régio, pseudónimo de José Maria
dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de
Setembro de 1901 — Vila do Conde, 22
de Dezembro de 1969) foi um escritor
português, que viveu grande parte
da sua vida na cidade de Portalegre
(de 1928 a 1967)
JOSÉ RÉGIO
(1969)
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ONDAS DO MAR - (POETRIX)
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Meu nome é MULHER!
Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou motorista, taxista,
Piloto de avião, policia feminina,
Operária em construção.
Ao mundo peço licença
Para actuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER!
(O Autor é Desconhecido)
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou motorista, taxista,
Piloto de avião, policia feminina,
Operária em construção.
Ao mundo peço licença
Para actuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER!
(O Autor é Desconhecido)
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
Negra de seios redondos
domingo, 3 de outubro de 2010
UMA ROSA VINDA DO CÉU - (POETRIX)
sábado, 2 de outubro de 2010
IMUTÁVEL VERDADE
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
FICA PRÀ AMANHÃ
Fica prà amanhã
porque hoje a esperança
desapareceu com a nuvem que passou,
galgou as linhas traçadas
para além do limite
do mar
e se afogou!
já não vou ter beijos
nas dobras
dos teus lábios
de suco de amora.
Permanecerei sozinha
no leito do nosso desejo
e durmo, para não chorar
pelo calor do teu sorriso
que só sonho.
Se ao acordar,
entrar pela minha janela
um coro de rouxinóis
e a brisa ondulante
de uma seara de milho maduro,
afasto
o corvo negro
que me seguia os passos
e direi, com a vontade
em chama na ponta dos dedos:
Fica para amanhã!
Poetisa Amiga
Elvira Almeida
30.09.010
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