O poeta
Ia a madrugada
alta e clara …
e do primeiro contacto
com o ar respirado,
um choro continuado,
acalmou a mãe, cansada,
que bendisse a dor
que sobre ela se abateu …
O Poeta nasceu!
Intimista,
desenha letras e palavras
nos tempos de aprender;
letras novas e as sem tempo …
sugadas da fonte do pensamento…
capta delas, sua razão para viver!
Pensa, sonha, constrói
e às vezes rói
a solidão do seu ser!
Consola a sua alma
no tudo que aprendeu …
O poeta escreveu!
O tempo, inexorável,
atinge todas as estruturas;
as humanas, também…
E na voracidade
com que fez um mundo de pensar
e sentir,
alimento de si, para si
e para outros,
perdeu a casca,
algures, no casulo
da vida corpórea que viveu …
O poeta morreu!
Viva o Poeta!
2 de Outubro de 2010
Elvira Almeida
sábado, 23 de outubro de 2010
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