terça-feira, 9 de novembro de 2010

A POESIA de Eugénio de Sá


Se não fosses tu ... (SONETO)

Louco, entre os loucos que habitam esta terra
Não mais qu’isso é o poeta que se vê solvente
Pois por mais que a poesia a queira fluente
É platonismo puro o que o seu verso encerra

Sempre incoerente, que a musa é fantástica
Busca dourar na rima o que espírito escreve
E como quem paga o que ao sonho lhe deve
A estrofe se lhe verte numa crença drástica

Ah, louco e doce asceta, se não fosses tu
Como estaria o mundo, que é tão triste e cru
Que seria do sonho sem ti a sonhá-lo?

Como seria a fé sem que tu a vivesses
E sem que a imagem presente tivesses
De um Deus de amor, contigo a abençoá-lo?




Eugénio de Sá



Bogotá, Colômbia


Novembro 2010



Um comentário:

Rui Pais disse...

Comentar a Poesia de Eugénio de Sá, não vejo grande dificuldade nisso... segundo meu ponto de vista e do que tenho lido, isto é extensivo a sua amada companheira que se desempenha excelentemente, aliás ambos, tanto em verso como em prosa... como falava do poeta Eugénio de Sá, simplesmente diria:
Eu
Génio
de Sá
Com amizade e admiração
Rui Pais

Ninguém está na Vida simplesmente por estar, todos estamos nela para entender que a nossa finalidade é crescer no conhecimento para nos podermos elevar. Rui Pais