Hai-cai - 98

Ó lasciva cópula
Orgasmos, gozo sem fim -
Mais uma assim

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai – 97

Ó Deus Posseidon
Inimigo dos Troianos -
Peste, muitos danos

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 96

Ó Deus DIONISO
Ergues a taça de vinho -
Bebendo sem siso

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 93

Deusa dos mistérios
Deusa Selene, magia
Suave orgia

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 94

Bela Odalisca

Atraente, e arisca

Cabelos dourados

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 95

Primordial GAIA
Deusa das metamorfoses
Vulcões ferozes

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 92

Deusa dos afectos
Divindade, ser fecundo -
Ama dos netos

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 91

É ao Pôr-do-sol
O mar chão e belas areias
Segredam Sereias

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 90

A bela Angélica
Ramos nus e debruçada
Florida sacada

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai -89

Nebulosa próxima
Astros cadentes brilhantes
Gases escaldantes

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai – 88

Perfume de mulher
Pétala flor aromática -
Jovem e simpática

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 87

um amor molhado
na banheira com espuma -
eros perfumado

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai – 86

Peixeira na Rua
Com a canastra pousada
Peixe sina tua

Zé Ernesto Gaia

LEI DO ENGATE NA RUA

Noctívago local de engate era teu,
Decisão de tudo fazer não era só tua!
Aceitar ou não, o pecúlio era só meu...
Cumpres omisso na lei do engate na rua.

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 85

Pardal dos telhados
Fazem ninhos nos beirais -
São acinzentados

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 84

O Amor Suado
Leito com lençol dourado -
Os beijos molhados

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 83

A Cabra Montês
Nas penedias bem altas -
É esbelta rês

Zé Ernesto Gaia

Começar tudo, outra vez! (Indriso)

Rasguei papel das palavras...
Começar tudo, outra vez!
Searas quase todas lavradas,

Deus sabe o bem que me fez.
O poema ganha forma celestial,
Germinando nesta rasgada terra.

Forma fina e bela bola de cristal,
Que todas as palavras encerra.

Zé Ernesto Gaia

Hai-cai - 82

Paixão no poema
Cantarei nosso amor -
Sexo com hardor

Zé Ernesto Gaia

Atordoado... Fiquei só!

Palavras, insanas, ditas ao vento,
Levantadas em remoinhos de pó!
Desapegos de um certo momento...
Atordoado... Fiquei só!

Zé Ernesto Gaia