sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

NADA DE NOVO «=» (POETRIX)


Não há Ano Velho, nem Ano Novo!
Tempo que passa, vento a soprar...
Cousas boas ou más, nada de novo.


a Alberto Caeiro



Zé Ernesto Gaia



domingo, 26 de dezembro de 2010

CHICO DE HOLLANDA «=» (POETRIX)


a Ianê Mello

Chico não foi dado à luz n' Holanda!
Cultivou Mulheres, tulipas áureas...
Tecido fino de linho, d' Holanda.



Zé Ernesto Gaia
Dezembro de 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

AMA-ME COM TERNURA «=» (POETRIX)

-Vem até mim, ama-me com ternura!
Nossos corpos nus molhados num só...
Sabor agridoce! Amor, ventura.




Zé Ernesto Gaia

Dezembro de 2010



(Véspera de Natal)








quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PRECE «=» (POETRIX)


Peço ao meu Deus do Imaginário!
Como mediador, Santo António...
Que me liberte deste fadário.

Zé Ernesto Gaia


Dezembro de 2010




domingo, 19 de dezembro de 2010

O SALVADOR «=» (POETRIX)


Mitra mata Touro com pundonor!
Sol vence reflexo Lunar da noite...
Símbolo sincrético, O Salvador.


a Alberto Caeiro



Fresco de Mitra em Marino, Itália.


Zé Ernesto Gaia

Dezembro 2010





quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cristo Crucificado «=» (POETRIX)


Imagem de Cristo Crucificado.
O Símbolo dum Mestre Redentor...
Reclamo, que está por todo o lado.



Zé Ernesto Gaia


Dezembro de 2010




domingo, 12 de dezembro de 2010

RITUAL «=» (POETRIX)


Baco sorve vinho em Ritual!
Sem pudor de versejar pra putéfias...
Versos d' orgias, santo bacanal.


a Alberto Caeiro


Zé Ernesto Gaia


Dezembro 2010




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TEM DIAS «=» (POETRIX)


Tem dias que o silêncio d' alma,
é frugal alimento do meu Ser!
Delicioso fruto que m' acalma.



Zé Ernesto Gaia

Dezembro de 2010



domingo, 5 de dezembro de 2010

OS POEMAS da "VIRITA"





Poemas loucos


Poemas loucos, rimas loucas

são promessas de amantes
em beijos, colando suas bocas.


Eu vi alegria

No teu rosto eu vi alegria
como quem bebe, num só beijo,
todo o mel que na flor crescia …


Águia

Rainha dos ares, força e beleza
És tu, Águia, em voo planado
Ilustrando, Divinal Natureza!




Elvira Almeida

Novembro de 2010





sábado, 4 de dezembro de 2010

A MORTE «=» (POETRIX)


A Morte virá em noite serena!
Nada que te rodeia te pertence...
Por isso, d' abalar não tenhas pena.


Zé Ernesto Gaia

Dezembro de 2010




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

POEMAS LOUCOS «=» (POETRIX)


Poemas Loucos do meu sofrimento.
Alongam as maleitas da minh' Alma...
Versos sem nexo nem discernimento.


Zé Ernesto Gaia



POESIA de Flavia Angelini.


Choro alimentos,

me fecho e domino as dores
que rasgam à alma onde se vê
pessoas, números em estatística
Humanos nus em valores capitais
peles e ossos como empecilhos
dados frios em vidas sem cores.
Necessidades esquecidas, mortas
um mundo que enterra seus sonhos,
irmãos que jazem petrificados
diante dos olhares nublados
que soam como relógios parados
em crueldades permitidas por corações fracos.

Choro alimentos,
pelos excessos do mundo
pelas carências da vida
pelas riquezas das peles
pelas fraquezas dos ossos
pelas mãos escondidas
pelos pés acorrentados
pelas doenças desumanas
pelas fadigas dos excessos
pelo comodismo do cobertor
pela anestesia do sofá.

Choro alimentos,
por aqueles que apenas têm o brilho das minhas lágrimas.


Foto: Vasco Ribeiro

São Paulo - 2002.


Flavia Angelini.




domingo, 28 de novembro de 2010

Reais Sonhos «=» (POETRIX)


São hipotéticos meus reais sonhos!
Amorosas fitas, real cinema...
Reflectem solheiros dias risonhos.

Zé Ernesto Gaia

Novembro 2010



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sozinha «=» (POETRIX)


Sozinha sai do Jardim das Delícias...
Magoada por não ter encontrado,

libido amor, ardentes carícias.




Zé Ernesto Gaia


Novembro de 2010



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lótus Meu Amor «=» (POETRIX)


Flor de Lótus do Sol abençoada!
Fez-te flor jubilada, rainha...
Lótus meu amor em mim abraçada.

Zé Ernesto Gaia




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

La poesía de Victoria Lucía Aristizábal / A poesia de Victoria Lucía Aristizábal


SENTIMIENTO MUSICAL

Victoria Lucía Aristizábal

Al oír la música divina que se toca

O más que tocarla, la sentimos

Con notas como frutos en racimos

Bellos pensamientos nos provoca


Si además es la música barroca

La que el alma en -su flujo- reconoce
Con músicos expertos en su goce

Que nuestra inspiración invoca


Es la música oxígeno vital del alma

Reemplaza alegre la oración bendita

Con melodías que nos pone en calma

Se reconoce cuando esta contrita

El alma alineada en la frecuencia santa

En la impronta espiritual ya escrita


TRADUÇÃO LIVRE DO ESPANHOL


Zé Ernesto Gaia «» José Ramos


VILA NOVA DE GAIA - PORTUGAL



SENTIMENTO MUSICAL


Ao ouvir a música Divina que se toca

Mais do que ser tocada, a sentimos
Com notas como frutos em cachos
Belo sentimento nos provoca.


Se além disso é musica barroca
Que a alma no seu fluir a reconhece
Por músicos especialistas na execução
Que a nossa inspiração invoca

É a música o oxigénio vital da alma

Substitui uma alegre a oração bendita

Como melodia que nos acalma


Reconhece-se quando está contrita

A alma alinhada na frequência Santa

Numa marca espiritual já escrita

Novembro 2010



domingo, 21 de novembro de 2010

SILHUETA MÁGICA «=» (POETRIX)


Viradas as costas à calmaria,
das águas azuladas de sombras.
Silhueta Mágica que acaricia.



Zé Ernesto Gaia

Novembro 2010



sábado, 20 de novembro de 2010

COMO ÁGUIA »« (POETRIX)


Com' Águia que voas nas alturas!
Com a visão de ave de rapina...

Encontra meu Amor pelas planuras.



Zé Ernesto Gaia



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EU VI A ALEGRIA... (POETRIX)


És Poema, que alegra os Sábios!
Eu vi a alegria nos teus olhos,

lindo sorriso nos teus finos lábios




Zé Ernesto Gaia



sábado, 13 de novembro de 2010

A POESIA DA "VIRITA"

Sonhar é preciso

Reinventar o paraíso

Com pássaros azuis

A esvoaçar

E conchas do mar

Forradas de marfim,

Navegar no teu olhar

No balanço do amor
que tens por mim …


… isto é sonhar!


Sonhar é urgente
E é preciso!



Elvira Almeida

10 De Novembro de 2010



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SOU POETA «» (POETRIX)


Sou Poeta, de mim mesmo, vadio!
A prosódia séria ameaça...
Pra que o poema saia sadio.

Livros de Poesia
Autor "Vadio"

Zé Ernesto Gaia



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SOZINHA «» (POETRIX)


Sabes porque estás d' Amores Sozinha?
És mulher difícil mui ardilosa...
Repeliste-me pra não seres minha.


Goya» Maya, 1789-1805


Madrid Museu do Prado


Zé Ernesto Gaia



A POESIA DE Aristizabal Lucia


ROMANTICO RECUERDO


Victoria Lucía Aristizábal


Que gracioso el amor y entretenido!

Danzando en los brazos del amado

Escuchando un lindo tema conocido

Y estrechando el cuerpo ya abrazado


Impulso de un amor ya enamorado
Romántico encuentro pretendido

En un fuego medular apasionado
Que puede continuar en el gemido

Intensa esta sexualidad por lo vestida

Que fabrica el deseo en dos amantes

En un arte de emoción y de medida


Complacencia feliz de ambos danzantes

Prolijos en su entrega consentida

Un recuerdo que guardo desde antes


Bogotá Colombia


Noviembre 9 de 2010



TRADUÇÃO LIVRE DE> Zé Ernesto Gaia


ROMÂNTICA RECORDAÇÃO


Victoria Aristizabal Lucia


Que gracioso é o amor e divertido!

Dançar nos braços da pessoa amada
Ouvir a habitual conversa gentil

Embalando o corpo bem abraçado


Impulso de um amor de apaixonados
Romântico encontro pretendido

Um fogo medular de enamorados

Que pode continuar até ao gemido

A intensa sensualidade, do meu decote

Que se torna desejo, para dois amantes

É arte de uma emoção desmedida


Feliz complacência de ambos dançarinos

Minuciosos na sua entrega consentida

Uma memória que mantenho de outrora


Bogotá, Colômbia


09 De Novembro de 2010



terça-feira, 9 de novembro de 2010

A POESIA de Eugénio de Sá


Se não fosses tu ... (SONETO)

Louco, entre os loucos que habitam esta terra
Não mais qu’isso é o poeta que se vê solvente
Pois por mais que a poesia a queira fluente
É platonismo puro o que o seu verso encerra

Sempre incoerente, que a musa é fantástica
Busca dourar na rima o que espírito escreve
E como quem paga o que ao sonho lhe deve
A estrofe se lhe verte numa crença drástica

Ah, louco e doce asceta, se não fosses tu
Como estaria o mundo, que é tão triste e cru
Que seria do sonho sem ti a sonhá-lo?

Como seria a fé sem que tu a vivesses
E sem que a imagem presente tivesses
De um Deus de amor, contigo a abençoá-lo?




Eugénio de Sá



Bogotá, Colômbia


Novembro 2010



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ABANDONO »» (POETRIX)


Pálida, bebeu cálice d' absinto!
Nua brancura ao Abandono...
Louca, desatina
pr' amar, pressinto


Henri Toulouse
Lautrec »» 1894


ZÉ Ernesto Gaia


terça-feira, 2 de novembro de 2010

La poesía de Victoria Lucía Aristizábal / A poesia de Victoria Lucía Aristizábal


YO SOY EL AMOR, TENGO SU SOBERANIA

Yo soy el amor, tengo su soberanía
En la pasión inmensa de mis besos
En la autenticidad de mi alegría
Sobornando las rimas de mis versos

Yo soy el amor, tengo su soberanía
Porque llevo su flujo entre mis venas
Y en el crepúsculo humano de mi sangre
Se eleva con mi alma y con las penas

Yo soy el amor, tengo su soberanía
Porque lo siento corazón adentro
Porque lo tengo en mi crucificado
Porque el me dice todo lo que siento

Yo soy el amor, tengo su soberanía
Con esta sed de feminidad que tengo
Y en las pupilas de mujer me brilla
El corazón que late en afectivo puerto

¡Yo soy el amor! tengo su soberanía
Cifrada en la actitud de mi nobleza
Y en los tifones rudos y en mis preces
El es sabiduría que mi ser conserva

¡Yo soy el amor! tengo su soberanía
Que vibra en una placidez sin límites
Y en mi verso que nunca me confunde
soy hija de un Dios que lo preserva


Bogotá Colombia

Noviembre de 2010

»»»

Tradução livre do poema.

EU SOU O AMOR, TENHO SEU PODER SUPREMO

Eu sou o amor, tenho seu poder supremo
Na paixão avassaladora dos meus beijos
Na autenticidade da minha alegria
Subornar rimas da minha poesia

Eu sou o amor, tenho seu poder supremo
Porque eu tenho o fluxo em minhas veias
E no crepúsculo de meu sangue humano
Ele nasce na minha alma, com minhas penas

Eu sou o amor, tenho seu poder supremo
Porque eu sinto isso no meu coração
Porque o tenho em mim crucificado
Porque ele me disse tudo que eu sinto

Eu sou o amor, tenho seu poder supremo
Esta sede de feminilidade que eu tenho
E nas pupilas de mulheres me brilha
O coração que arriba a afectivo porto

Eu sou o amor! Tenho seu poder supremo
Escondido na atitude da minha nobreza
E em tufões resistentes e nas minhas orações
Ele é a sabedoria que meu Ser conserva

Eu sou o amor! Tenho seu poder supremo
Que vibra numa serenidade ilimitada
E no meu verso que nunca me confunde
Eu sou a filha de um Deus que o preserva


Bogotá, Colômbia

Novembro 2010




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Poesia de Clara da Costa


O TEU SILÊNCIO

O teu silêncio
dói como um grito
que finjo não ouvir.

De repente, sem perceber,
a tristeza vem, encharca
a alma e o coração,
num vazio que não deixa respirar.

Me encontro perdida,
olho para dentro, para a
melancolia que não cabe em meu peito,
e meus passos seguem incertos.

O teu silêncio canta uma canção
que se mistura à chuva sem fim,
assim como minha solidão...


Clara da Costa

Brasil




sábado, 30 de outubro de 2010

A POESIA DE SILVINO POTENCIO


O MAR DE OEIRAS!...

Oeiras, Oeiras!...
Carcavelos à vista, Sou contrabandista,
E desta imensa lista de Amigos Virtuais.
Saí de Lisboa... dei voltas à toa, e parei em Cascais...

Fui lá no Inferno da boca do mar...
Avistei a Barra de São Julião onde até o meu coração...
Desejou voltar, para ver e amar!

Em mais um terceto deste meu soneto,
De rimas sem mote, porque o nosso bote viaja sem leme.
Sem rumo sem força, desta nossa mossa que dói e não teme.

Não marca nem mancha, o dom desta prancha...
Que eu levo pró mar, pois vou navegar...
No mundo dos sonhos, que é o meu cantar!

E lá no Estoril, do Monte ao barril,
Se faz o teu néctar, da flor dos encantos,
De gritos e prantos deste azul anil...
- te deixo em prantos.

Que no final da tarde, por dentro e por fora...
Me queimam no peito, e por este jeito, eu já vou embora!!!
Deste mar de Oeiras...
- vou... sem eira nem beira!


Silvino Potencio (Poesias Soltas - verão de 1990)




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

POESIAS DA “VIRITA”



S' AMOR
... TALVEZ...

(POETRIX)


S' amor soubesse a doce mel,

talvez a vida, assim, não fosse
como folha, amarrotada, de papel!




Elvira Almeida



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

TALVEZ - (POETRIX)


Irreal Paixão, durou só talvez,
um lúbrico desejo d' amor lúdico!

Brincamos à luxúria s' uma vez...



Zé Ernesto Gaia

26 de Outubro 2010




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AS POESIAS DA “VIRITA”


O Tempo

Voas!
Se eu me quisesse
Criança,
Tu não deixavas!

Em cada viela escura,
Quando a luz se deita,
Vejo como corres
E os barcos galgam oceanos
E o sol e a lua
Se revezam
Na contagem que tu inventaste
Para devorar tudo!

Se tu deixasses,
Haveria sempre rosas em botão
Com pétalas de veludo;
Ondas brandas, no seu sono

Molhariam os risos em lábios rosados,
À beira mar, sempre Verão!
E os meus caracóis de menina

Não se teriam coberto de neve,
No Outono!

Vai mais devagar, Tempo!
Tens tempo de chegar!

Elvira Almeida

25 de Outubro de 2010




sábado, 23 de outubro de 2010

AS POESIAS DA "VIRITA"

O poeta

Ia a madrugada


alta e clara …
e do primeiro contacto

com o ar respirado,
um choro continuado,
acalmou a mãe, cansada,
que bendisse a dor
que sobre ela se abateu …

O Poeta nasceu!

Intimista,

desenha letras e palavras

nos tempos de aprender;
letras novas e as sem tempo …
sugadas da fonte do pensamento…

capta delas, sua razão para viver!

Pensa, sonha, constrói
e às vezes rói
a solidão do seu ser!
Consola a sua alma

no tudo que aprendeu …


O poeta escreveu!


O tempo, inexorável,

atinge todas as estruturas;

as humanas, também…
E na voracidade

com que fez um mundo de pensar
e sentir,

alimento de si, para si
e
para outros,
perdeu a casca,
algures, no casulo

da vida corpórea que viveu …


O poeta morreu!

Viva o Poeta!



2 de Outubro de 2010


Elvira Almeida



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

POETA - (INDRISO)


Olhou várias vezes a folha em branco.
Imaginou nela escrito um belo poema;
versos ausentes, rimando por encanto.

Augurava naquela brancura um fonema,
voz melodiosa que entoasse subtil canto.
Concentrou os sentidos. Qual seria o tema?

Queria uma certeza para rabiscar no papel...
Um mote sensual! Amor num leito de dossel.




Zé Ernesto Gaia







ACTRIZ - (POETRIX)


Sonha pra ser verdadeira actriz!
Pisar um palco: fazer rir, chorar...

Invulgar, insensível, mas feliz.




Zé Ernesto Gaia



terça-feira, 19 de outubro de 2010

A POESIA DA ADRIANA

"Hino de regresso ao paraíso"

E vede o belo da vida
e vede o sol a brilhar
e vede as flores nos campos
e as crianças sorrir.

E vede a morte fugindo
e vede a guerra acabando
e vede os homens se unindo
e ao paraíso voltando.

Vai, vai conquistar
vai abraçar toda a criança.
Vem, vem conquistar
vem abraçar toda a criança.


Brincou na adolescência às "Escondidas"

no Jardim de São Lázaro. Junto ao coreto
contava até 30 para dar tempo aos outros
companheiros de brincadeira se esconderem.



Adriana Reis



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AS POESIAS DA "VIRITA"


Trago na boca

Trago na boca
uma flor;
talvez um cravo,
que me recorda
um tempo de ilusões que já passou!
Talvez uma outra flor,

uma rosa, flor veludo,
resposta à dúvida
que brinca nos lábios
de quem ama …
Trago na boca

um beijo
refúgio de um desejo
encontrado, vivido,
bocado de uma profusa paixão!
Trago na boca

o sabor salgado
do mar onde se banha
o meu amor…
desperto,
por perto,
que me entrega
de sua boca
um’outra flor,
em forma de coração!
…talvez uma açucena,

perfumada e branca de pureza,
riqueza
maior que a gente tem,
marcada a fogo
no peito de quem ama
e se entrega
no calor daquela cama
de folhas de cetim
e corolas de verbena…
Trago na boca

a palavra,
ditada do pensamento
no momento
de sentir
como é que sou!
Na boca trago


mel e sal:
canções na ponta dos dedos
que te tocam,
notícias dolorosas
de jornal,
noites cansadas
de prazer e mosto,
o gosto
que me trouxe à boca,
a minha flor
de cor de vida em carnaval
e que ainda não murchou!



10 de
Outubro de 2010


Elvira Almeida



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PAIXÃO DESENFREADA - (POETRIX)

Pressagiar, Paixão Desenfreada!
Era-mos amigos, não confidentes...
Ama outrem, minh' alma destroçada.


Aceite Desafio (POEMA) de "VIRITA",
sob tema "Paixão Desenfreada"



Zé Ernesto Gaia



terça-feira, 12 de outubro de 2010

AS POESIAS DA "VIRITA"


ONDAS DO MAR - (POETRIX)


Saber de ti, pendurar-me em teu pescoço,
tem a força que se enfrenta
nas ondas do mar, em alvoroço!



Elvira Almeida



domingo, 10 de outubro de 2010

PAIXÕES DESENFREADAS


Jamais sofras, Paixões Desenfreadas,
com ardentes mas incertas amantes...

Ficam feridas d' amor mal curadas.




Zé Ernesto Gaia



Meu nome é Mulher


Mulher
Flor de botão de flor menina

Crescer me deu o jeito
E o destino de viver
Sem nome,

Grata pelo prazer

De dar, me desdobrar

Em amante, amiga, mãe …

Saber como matar

A fome de carinho

Com a palavra,

O gesto

As lágrimas choradas

Por alguém …


Sofro por amor, rio,

Choro, amamento

E acalento ilusões

Quiçá perdidas,

Em caminhos de outras vidas

Que cruzaram meu caminho …
Amparo e reconforto corações!


Partilho, de bom grado,

Tudo o que a energia positiva

Me trouxer …


Não tenho nome!

Não preciso!

Tenho no rosto um sorriso
E as mãos estendidas

Para dar e receber,

Ou unidas,
Em prece pelo mundo

No eco profundo
Do que sou!

Me chamam pelo nome de Mulher!



Poema de "VIRITA"
9 de Outubro de 2010



Elvira Almeida



sábado, 9 de outubro de 2010

IMUTÁVEL VERDADE


Melhor que tudo é, na vida, ter amor!
Incontestável e imutável verdade,

de outras verdades que à vida dão valor:

carinho, ternura, um abraço e até saudade!


Elvira Almeida



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Soneto quase inédito ?????

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.



José Régio, pseudónimo de José Maria

dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de
Setembro de 1901 — Vila do Conde, 22
de Dezembro de 1969) foi um escritor
português, que viveu grande parte
da sua vida na cidade de Portalegre
(de 1928 a 1967)



JOSÉ RÉGIO

(1969)







ONDAS DO MAR - (POETRIX)

Ondinas brincam n' as Ondas do Mar!
Ao pôr do Sol, seus corpos bronzeados,

encantam, quem no areal passar




Zé Ernesto Gaia