quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Procuras Amores «==» (POETRIX)


Jogas às escondidas com as flores!
Num jardim de cores variegadas...
Entre canteiros, procuras amores.


a Fátima Moreira


Zé Ernesto Gaia


Janeiro 2011




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

AS NEREIDAS «==» (POETRIX)


As Nereidas poderão brincar contigo,
nas bolhas alvas d' espuma do mar...

Cousas lúdicas, sábias no sentido!



a Alberto Caeiro



Zé Ernesto Gaia



domingo, 23 de janeiro de 2011

Alma! «==» (POETRIX)


Alma! Que Platão diz não morrer.
Solidão de pássaro sem destino...
Voa contigo, faz parte do Ser.

a Platão



Zé Ernesto Gaia

Janeiro 20011



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Águas.


Nascente, assim límpida
um fio aquoso

brilha azul ao reflexo do céu
transparente ao sabor
reluzentes na esperança

que mansa se deleita

ou rasas ou profundas

se entrega aos desvios verdes

do solo que a aquece.

Vai longe... Seu corpo se alarga.
E a vida que lá está?
Ah! Essa se entristece
os dejectos o brilho apagam

de castanho o manto se cobre
cachecol de espumas que estrangula

o que nas entranhas nasce.

Pedaços de embalagens

adornam as margens

como brincos enferrujados

e o corpo em beleza se desfaz.

A ganância, em trono majestoso,

desce a correnteza,
com suas máquinas passa afundando
e encharcando o que plantado

e fecundado por ela foi.
A água viva se faz em angústia

que era pura, que era bela

hoje, em desespero

em luta cega

num grito mudo, atordoado

desliza arrancando do seu leito

o que a ela não pertence

vai limpando e varrendo desde a nascente

fuligens arraigadas pela modernidade compulsiva.

Apenas chora em clemência

restituam

o que ela um dia foi!



Flavia Angelini.


Poetisa "AMIGA SERENA"



2011 ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS!




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

VEM «=» (POETRIX)


Vem, poisa a cabeça no meu peito!
Te acalmarei com suaves beijos...
Reflexo lunar e musgoso leito.


Zé Ernesto Gaia


Janeiro 2011




domingo, 9 de janeiro de 2011

Feridas.


Feridas abertas em sentires magoados
a nudez que estampada, deformada
por gases poluentes que estonteiam
em pigmentos pretos que descolorem o verde
o amarelo o azul da esperança.
Fábricas monopolizam nações
capitalistas fortalecem vaidades
na vida que roem imprimem a morte
e a natureza viva brada por socorro
exclama a piedade de nossas mãos
roga pelo fertilizante dos nossos filhos
revolta-se pelos caminhos de nossos pés
chora pelo destino dos pequeninos.
Fogo, o sol que escalda e arde nosso verde
nossa mata, nossa gente.
Lágrimas das nuvens, transborda
escorre as cinzas das raízes
as deitam nos leitos dos rios
em escuro abraço sorve o fôlego dos peixes.
Da terra árida, da folha queimada, do peixe que agoniza,
do pássaro que enfraquece, do animal que esconde,
do rio que seca, da vida que morre, a seiva escorre.
Desliza em gotas pelas nossas mãos
renasce como sementes brotando atitudes
a busca renovada pelo solo fértil
acalentando o sonho de uma nova terra.


Flavia Angelini


Poetisa Amiga

9 de Janeiro de 2011 BRASIL


2011 ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS!


sábado, 8 de janeiro de 2011

AMA-ME «=» (POETRIX)


Ama-me antes, fine o ardor!
Sinto falta tua; do sémen morno...
Quero que tu sejas meu invasor.



Zé Ernesto Gaia


Janeiro 2011



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

METAMORFOSE «=» (POETRIX)


Ó Pessoa! Inda não és pessoa?
Embrião latente de um poeta...

Metamorfose d' estros do Pessoa.



estou em Desassossego!



Zé Ernesto Gaia




terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Quem sabe «=» (POETRIX)


Quem sabe, se teu corpo juvenil!
Cor de pétala de alva tulipa...
Prediz sôfrego afago subtil.


Vénus> Urbino




Zé Ernesto Gaia



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SONO DIVINO «=» (POETRIX)


Sono Divino, Matriz d' Albufeira!
Pode ouvir-se o seu coração...
Sonho d' uma devoção verdadeira.



Zé Ernesto Gaia


Lunae dies III Januarius MMXI




domingo, 2 de janeiro de 2011

FISGO AQUELE REBO «=» (POETRIX)


Fisgo aquele rebo com a mão!
Cousa simples, que não sente afago...

Pedra, cousa que rolo pelo chão.



a Alberto Caeiro



Zé Ernesto Gaia