quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Tudo dorme, excepto Deus"

Pararam os relógios
porque não se movem as pedras.

Tenho um pé na imaginação

e outro no sonho.

Mexe a arte de ouvir

e pára a luz do Sol.

A expectativa do futuro alarga o presente

e prolonga o passado.
Há chuva fora do planeta e
lagos de suor inundam o deserto.
Em plena euforia se degradam os montes
e vai acontecer o prodígio das palavras.
Cada vez que se ergue uma manhã

eu me deito sobre as sombras da alegria

e me repouso no mais belo dos sentimentos.

Identifica-se demais a nostalgia do tempo

pelo caminho que corre direito ao vento dos sabores da luz.
De frases estudadas a palavras tortas,
tudo é permitido.
Caminham vinte e quatro horas e tudo se repete...
é a rotação da Terra.
A cobiça dos ventres explode no coração da lua.

As atitudes moldam os movimentos da criação.

O império da verdade desvirtua a palidez.

Doura-se a cor da morte em rebuçado

e acaba a tempestade do universo.
De recantos líquidos em ouro
passa a haver encantos de solidão.


Tudo dorme, excepto Deus
.

Poetisa amiga que brincava no
Jardim de São Lázaro na Cidade
Invicta e da Virgem!


Adriana Reis



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